Na falta de trabalhadores estrangeiros no Reino Unido, empresas do país tiveram que aumentar os salários em até 30%. Saiba mais!
Enquanto a escassez de caminhoneiros está dificultando a distribuição de combustíveis, cargas e produtos no Reino Unido, o governo britânico agora precisa agir em outra frente. As principais empresas do setor de logística do país estão sendo obrigadas a aumentar o salário dos trabalhadores de armazém em 30% na esperança de encontrar trabalhadores dispostos a ocupar as vagas. Vagas que antes era, muitas vezes, ocupadas por cidadãos da União Europeia que agora estão proibidos de trabalhar na ilha por conta do BREXIT (sem um visto).
Falta de trabalhadores estrangeiros no Reino Unido
A escassez de trabalhadores estrangeiros no Reino Unido, que antes permitiam que as empresas de logística do país mantivessem os salários baixos, se foram segundo notícia publicada no portal Europa Today. Na verdade, muitos cidadãos europeus que trabalhavam no Reino Unido se mudaram para outros países da União Europeia que não pedem um visto para trabalhar, como a França e a Alemanha. Atualmente, o setor de logística em todo o Reino Unido emprega cerca de 200 mil pessoas.
Contudo, representantes da Associação de Armazenamento do Reino Unido (UKWA — United Kingdom Warehousing Association) admitiram aos microfones da Reuters que “dezenas de milhares de trabalhadores” estão desaparecidos. Daí a necessidade de aumentar os salários em cifras entre 20% e 30% para atrair profissionais. Esse aumento que provavelmente se refletirá nos preços cobrados ao consumidor, ou seja, uma inflação a caminho.
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Caos na rede logística britânica
O caos na rede logística britânica se soma à alta dos preços do gás natural na Europa, à escassez de caminhoneiros no período pós-BREXIT e também aos efeitos da pandemia. Dessa maneira, a quinta economia do mundo está em apuros. “Honestamente, não consigo pensar em nenhum momento nos últimos 20 anos em que as indústrias de mão de obra intensiva do Reino Unido tenham enfrentado um problema como este”, disse o executivo de um grande varejista britânico à Reuters. Ele preferiu não se identificar.
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Paradoxalmente, são os dois períodos em que o setor da logística mais fatura. A Black Friday e o Natal, duas datas onde as vendas são muito relevantes, são as que mais preocupam as entidades de classe. A sexta-feira de descontos, marcada para 26 de novembro de 2021, pode acontecer em um momento difícil marcado pela falta de trabalhadores no Reino Unido.
Aliás, um mês depois é o Papai Noel que corre o risco de ter que lidar com uma rede comercial desabastecida e sem vigilância pela fuga de trabalhadores europeus do país.
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