A era dos voos low cost na Europa acabou e muitos especialistas estão convencidos que o modelo está ultrapassado. Saiba mais sobre a tendência dos próximos anos.
Seja em voos domésticos ou internacionais, as companhias aéreas low cost na Europa são muito comuns e caíram no gosto do consumidor. Porém, muitos especialistas acreditam que o modelo de viagem aérea de baixo custo está falhando. Entenda o por quê, como funcionam os voos low cost e ainda suas vantagens e desvantagens.
Como funciona o low cost Europa
Os voos low cost Europa são os voos de baixo custo, nos quais você paga barato pela passagem aérea e chega em aeroportos menores da Europa. Além disso, você paga os serviços extras, como comida, bagagens, escolha do lugar, check-in antecipado, etc.
Viajar com as companhias aéreas low cost na Europa é uma grande vantagem para conseguir conhecer mais países europeus. Os serviços das companhias são bons (em sua maioria), os preços são mais baixos que os convencionais e você passa a conhecer novos lugares.
Porém, algumas companhias aéreas de baixo custo na Europa possuem voos que começam a operar bem cedo. Mas convenhamos, vale a pena acordar de madrugada para poder viajar pela Europa, não é mesmo?
Eu já voei para alguns destinos europeus por apenas € 29,90 ida e volta! E, internamente de Portugal, por apenas € 5 o trecho, ou seja, muito mais barato do que viajar de trem na Europa!
A grande vantagem dos voos low cost Europa é a facilidade de comprá-los online, de acordo com as promoções do dia ou da semana. Muitas vezes, nem temos um destino definido para as férias, apenas pesquisamos nos sites de baixo custo quais as melhores opções e promoções de passagens do dia.
Melhores praias do Algarve para visitar: veja um roteiro por Portugal.
Companhias aéreas de low cost
As companhias aéreas low cost na Europa são bastante importantes para as viagens de curta distância dentro da Europa. Por exemplo, de Portugal, a maioria dos países europeus são apenas 2 horas de viagem e os voos low cost Europa facilitam a vida dos moradores para viagens de trabalho e lazer.
Entre as principais companhias aéreas low cost estão:
- Ryanair (Irlanda)
- Easyjet (Reino Unido)
- Vueling (Espanha)
- Norwegian (Noruega)
- Transavia (Holanda)
- Wizzair (Hungria)
- Eurowings (Alemanha)
- Flybe (Reino Unido)
- AirBaltic (Letônia)
A Ryanair é a companhia aérea low cost da Europa mais queridinha entre os viajantes. Ela possui uma grande quantidade de rotas e muitas opções de voos diários para as principais cidades europeias.
A sede da Ryanair fica em Dublin, na Irlanda, mas a empresa tem grande parte das suas operações no Aeroporto de Londres Stansted, na Inglaterra. A empresa voa para 37 países, tendo 229 lugares na sua lista de destinos.
Conheça quais as melhores companhias aéreas do mundo em 2022.
Principais regiões de voos low cost Europa
Entre as principais cidades com voos low cost Europa estão: Londres, Dublin, Galway, Berlim, Munique, Colônia, Frankfurt, Roma, Milão, Lisboa, Porto, Bruxelas, Paris, Marseille, Barcelona, Madri e Santander.
Viajar entre as principais capitais da Europa fica bem fácil com as companhias aéreas low cost e, muitas vezes, mais barato do que as viagens de trem pelo continente europeu.
Por exemplo, na mesma viagem para Europa, você pode conhecer Barcelona, Paris, Milão, Amsterdã e Berlim. Para isso, você só precisa aprender a viajar com poucas malas (de preferência uma mochila e uma mala pequena de até 10kg) e comprar voos low cost.
Além de ser mais prático para a sua Eurotrip, você consegue visitar várias cidades em poucos dias, sem se preocupar em carregar malas pesadas.
Roteiro pela Europa: faça a Eurotrip da sua vida, veja os vistos, como organizar a viagem e quais os melhores roteiros.
Atualizações de 2022 dos voos low cost
Somente de abril a junho de 2022, de acordo com uma matéria publicada pelo portal de notícias Europa Today, as principais companhias aéreas europeias cancelaram mais de 50.000 voos. E o verão europeu, que mal começou, pode triplicar o número já alto. Por um lado, estão as greves do pessoal de terra e de bordo, por outro, o problema mais grave, a falta de pessoal. No meio, a recuperação nas partidas de turistas após dois anos de pandemia.
O resultado é que, segundo especialistas, a rápida recuperação das viagens pode se traduzir no fim da era dos voos de baixo custo ou, pelo menos, em uma redução em relação ao boom pré-pandemia. Para Arnaud Feist, diretor administrativo do aeroporto Zaventem de Bruxelas, um dos mais afetados pelas greves, está convencido disso: o modelo de baixo custo atingiu seus limites e argumenta: “é difícil ir mais longe”.
Arnaud Feist diz ainda que, eventualmente, “os preços das passagens aéreas vão subir. É inevitável”. Até o gestor deste modelo está convencido: nos próximos quatro ou cinco anos, os preços vão aumentar, o custo de uma passagem aérea tornou-se “muito barato”, disse Michael O’Leary, CEO da Ryanair, ao Financial Times.
“Sempre que voo para Londres Stansted, acho absurdo que seja mais caro chegar ao centro de Londres de trem do que voar da Irlanda para o Reino Unido”. No entanto, no início dos anos 2000, essa era justamente a mensagem de sucesso que sua empresa havia lançado. O que mudou?
O nó salarial
A questão dos funcionários já foi amplamente discutida: os funcionários da Ryanair, da Espanha à Bélgica, via Itália, anunciaram um verão quente de greves para pedir melhores salários e condições de trabalho. A eles também se juntaram os trabalhadores de outras companhias aéreas de baixo custo, como a EasyJet. Para todos, o mesmo raciocínio era válido: com a retomada das viagens superando até as melhores expectativas, as empresas poderiam ter lucros gigantescos.
É verdade que houve uma pandemia, e que o setor foi um dos que mais sofreu. Mas os trabalhadores também sofreram as consequências e, com a inflação em alta e o poder de compra das famílias mais baixo, chegou a hora de dividir o bolo com eles também.
Erros de cálculo
Que um CEO fale como um sindicalista é significativo. Mas os problemas da Ryanair e afins contam apenas parte da história. Os cancelamentos nos últimos meses também são resultado do que está acontecendo em terra, não apenas entre a tripulação. E aqui também desempenham um papel central as empresas de bandeira, que apesar das generosas ajudas estatais recebidas dos vários governos, cortaram custos a partir dos trabalhadores.
É o caso da Lufthansa, a companhia aérea alemã e uma das maiores empresas aéreas do mundo: em 2019 tinha 138 mil funcionários entre cabine e solo, hoje tem apenas 100 mil. A AirFrance também reduziu sua equipe em mais de 10.000 pessoas.
E o mesmo aconteceu com empresas externas que administram os serviços aeroportuários, desde bagagem até áreas de embarque e segurança. Boa parte dos cancelamentos registados nos últimos meses, e dos já previstos para o verão, deve-se precisamente ao fato de os aeroportos não terem pessoal suficiente para gerir a nova vaga de voos.
A liberalização dos serviços aeroportuários tem sido útil para reduzir custos e facilitar a gestão de crises como a vivida nestes dois anos. Mas agora, o preço da segurança dos trabalhadores do aeroporto provavelmente será alto. Empresas de serviços em terra estavam convencidas de que recuperariam rapidamente o corte de pessoal durante a pandemia. Mas já na Páscoa se entendeu que a previsão estava errada.
Na indústria de viagens europeia, de acordo com a Bloomberg, até 100.000 empregos estão vagos: aqueles que estavam empregados no aeroporto antes da pandemia encontraram outros empregos.
Viagem de avião: como evitar que produtos vazem na mala.
Combustível caro
“As condições de trabalho se deterioraram tanto que o setor não é atraente”, disse Eoin Coates, da Federação Europeia de Trabalhadores em Transportes. Os salários são baixos e muitas das ocupações dividem a jornada de trabalho em turnos pouco atraentes que começam antes do amanhecer ou duram até meia-noite ou mais tarde. “Enquanto isso, em toda a economia, a renda e o poder de compra foram reduzidos”, acrescentou. “As pessoas estão no fim de sua paciência”.
A Lufhtansa também admitiu suas falhas: o CEO Carsten Spohr disse publicamente que foi um erro cortar custos (ou seja, empregos) durante a pandemia para tentar salvar a empresa. Ainda não se sabe se a crise de voos deste verão levará a salários mais altos. O que parece certo é que os preços das passagens aumentarão cada vez mais. Segundo O’Leary (da Ryanair), os aumentos médios de preços ficarão entre 25% e 50% nos próximos anos.
Você viu? Maior praia artificial da Europa será construída na Espanha.
E impulsionando-os para cima não serão apenas as reivindicações salariais dos trabalhadores, mas também os custos do combustível. Atualmente, empresas como a Ryanair são apenas minimamente afetadas pelo aumento dos custos de energia, e isso porque o preço do petróleo foi negociado antes do aumento nos últimos meses. Mas, mais cedo ou mais tarde, até esse nó chegará ao fim.
Especialmente porque a União Europeia, ao tentar empurrar o setor da aviação para a transição energética, planejou aumentar os impostos ambientais. Por todas essas razões, a era dos voos de baixo custo parece destinada ao fim. E com isso, os hábitos de viagem dos europeus também podem mudar. Não surpreendentemente, as operadoras de turismo já estão reformulando seus pacotes, oferecendo aos clientes os destinos mais próximos para poder chegar de trem ou até mesmo de carro.
Vantagens de viajar com companhias aéreas low cost
Confira as vantagens de viajar com companhias aéreas low cost na Europa e no mundo:
- Preço baixo: a principal vantagem para quem ama viajar sem gastar muito.
- Flexibilidade, você paga extra o que quiser: se quiser comer no voo pode pagar a parte, paga pelo número de malas que deseja viajar, paga para escolher o lugar no voo, etc. Se não quiser, não precisa pegar nada extra.
- Facilidade de compra: com preços baixos, você pode escolher os seus próximos destinos de viagem e comprar tudo de uma vez.
- Promoções relâmpagos: você pode acompanhar as redes sociais das companhias aéreas e ficar sabendo das novas promoções de passagens aéreas.
- Destinos europeus: você pode viajar para vários destinos europeus, pois a oferta de voos é enorme.
Desvantagens das companhias low cost
Agora que você já conhece as vantagens, descubra quais as desvantagens das companhias low cost:
- Aeroportos mais afastados do centro: fica mais longe de chegar nas cidades. Muitas vezes, é preciso viajar mais uma hora de ônibus até o seu destino.
- Aviões menos confortáveis: o espaço dos assentos do avião são ligeiramente menores e há menos espaço para as pernas.
- Comidas são mais caras: se você tiver sede ou fome a bordo, pagará um preço mais alto.
- Malas não inclusas: a maioria das companhias aéreas low cost só inclui uma mochila, a mala é paga a parte (normalmente € 20 a € 25 por mala).
- Horários mais cedo: muitas companhias aéreas possuem voos baixos logo no início do dia, 6h00 da manhã, por exemplo. Isso significa que você precisa estar pelo menos às 4h da manhã no aeroporto.
- Cancelamento de voos mais difíceis: para remarcar ou cancelar um voo é mais difícil com as companhias low cost e, muitas vezes, não há telefone disponível para ligar. Você precisa tirar dúvidas por email ou chat e, muitas vezes, não tem uma resposta.
Veja tudo que você precisa saber para dirigir em Portugal, antes de preparar as malas e viajar para Europa.
Principais dúvidas sobre o voos low cost Europa
Se você vai viajar pela Europa, tire suas principais dúvidas antes de comprar sua passagem aérea:
Um voo low cost Europa é seguro?
Sim, muito! Os voos low cost Europa são completamente seguros. A grande diferença deles são as comodidades oferecidas pelas companhias aéreas tradicionais, como travesseiro, coberta, lanches, almoço ou jantar. Nos voos low cost, você paga por cada serviço extra, mas, em compensação, têm preços muito mais baixos.
Outra diferença é o conforto do avião, as companhias low cost possuem espaços menores para as pernas.
Como comprar essas passagens baratas?
Para comprar passagens aéreas baratas, você deve entrar nos sites das companhias aéreas e verificar as novas promoções da semana. Coloque o aeroporto de saída e navegue pelas opções mais baratas de destinos para viajar. Muitos desses sites contam com comparadores de preços por dia do mês e você pode escolher qual o dia mais barato para viajar.
Tenha datas flexíveis para a sua viagem, desse modo, você escolhe o dia mais barato para viajar. Comece sempre pela escolha da passagem aérea e só depois reserve o hotel e os passeios.
Também pode te interessar: Castelos e palácios para se hospedar em Portugal.
É preciso milhas para ter um voo low cost?
Não. A maioria das companhias low cost possuem um bom site e aplicativo de vendas onde é possível comprar passagens aéreas na Europa de forma rápida e fácil.
Já a opção de check-in online antes da viagem varia de acordo com cada empresa. Normalmente, o check-in pode ser feito até 24 horas antes do voo ou pagando uma tarifa para fazer com antecedência.
O Brasil tem voos low cost Europa?
A companhia aérea Norwegian chegou a operar um tempo no Brasil, com voos entre Londres e Rio de Janeiro, mas não continuou seus serviços no país. A companhia aérea norueguesa preferiu manter sua frota voando dentro da Europa, do que em voos intercontinentais.
Atualmente o Brasil não conta com companhias aéreas de baixo custo para a Europa. Entretanto, muitas companhias aéreas estão fazendo promoções de passagens em diversas épocas do ano. Você pode acompanhar sites de busca como Decolar, Melhores Destinos, Kayak ou Passagens Promo para ir vendo as passagens promocionais.
Entre as companhias aéreas que voam para Europa estão: Azul, LATAM, TAP Portugal, Air France, Air Europa, Lufthansa, KLM, British Airways, Iberia, entre outras.
Quanto mais barato é um voo low cost Europa?
Os voos low cost Europa são muito mais baratos do que as companhias aéreas tradicionais, que servem comida, possuem assentos maiores e mais conforto. Por exemplo: atualmente, a média de um voo low cost na Europa é de € 34,00 ida e volta. Já com uma companhia aérea normal, você pagará cerca de € 150,00.
Outro exemplo: A Norwegian possui voos saindo de Londres por £ 43,70 para Oslo, £ 39.70 para Copenhagen, £ 36.60 para Estocolmo ou, então, £ 55,90 para Helsinki.
Aproveite para ler a Autorização ETIAS União Europeia: 1,4 bilhão de pessoas terão que solicitar o documento.
*Veja também mais vídeos no nosso canal do Youtube e inscreva-se por lá! Toda semana tem conteúdos novos: