Criado pela Comunidade Judaica do Porto, o primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica abre dia 20 de janeiro. Saiba mais!
O primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica foi idealizado e será cuidado pelos membros da comunidade judaica da cidade do Porto, em Portugal. Aliás, a criação do museu se dá justamente porque muitos judeus que vivem na cidade do norte de Portugal perderam pais, avós e familiares durante o Holocausto.
Primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica
A Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP) diz que o primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica terá um papel fundamental para mostrar como era a vida dos judeus antes do Holocausto e do Nazismo. Além disso, no museu será possível compreender como se deu a expansão nazista pela Europa e como foram criado os guetos.
Sem contar, claro, que mostrará a precária condição com que os refugiados eram tratados nos campos de concentração nazistas. Porém, o Museu do Holocausto contará como ocorriam os trabalhos forçados e o extermínio, a tal “Solução Final” proposta por Adolf Hitler.
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O que o visitante verá no primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica?
No novo e primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica os visitantes poderão conhecer a reprodução bastante parecida de como eram os dormitórios em Auschwitz. Também poderão ver uma sala com os nomes das pessoas que foram mortas durante o Holocausto e contarão com cinema, uma sala de conferências e até um centro de estudos.
Nos corredores do museu será contada toda a história e os visitantes podem ver imagens, fotografias e telas que exibirão filmes reais mostrando todo o processo antes, o durante e depois da tragédia realizada pelos nazistas.
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Inauguração do Museu no Porto
A inauguração do primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica está agendada para o dia 20 de janeiro e ocorrerá na cidade do Porto, no norte de Portugal. Porém, já pensando nas questões relacionadas à pandemia e ao novo confinamento em Portugal, CIP/CJP pediu autorização para a Direção Geral de Saúde (DGS) para a realização do evento.
Obviamente que os organizadores farão o evento em um ambiente controlado e que contará com um total de trinta pessoas. Além disso, por conta da relevância política que envolve a inauguração do novo museu, a duração do evento será de no máximo 50 minutos e ocorrerá em um espaço de 500 metros quadrados.
Entretanto, a cerimônia está planejada para ser mais reservada. O Presidente da Comunidade Judaica do Porto, Dias Ben Zion, irá liderar os trabalhos de inauguração. Contudo, estará acompanhando pelo prefeito da cidade do Porto, Rui Moreira, e terá a presença de autoridades locais e internacionais.
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Agenda e visitação
Em princípio, no dia 27 de janeiro ocorrerá uma visita ao museu por parte de alunos de escolas da cidade do Porto e região metropolitana. A visita será feita para celebrar o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto e para Dara Jeffries, que participa do conselho fiscal da CIP/CJP, é importante ensinar o Holocausto em Portugal e falar sobre a presença de judeus no país.
De acordo com Charles Kaufman, que é presidente de uma organização de direitos humanos (B’nai B’rith International), o papel social do primeiro Museu do Holocausto da Península Ibérica é muito importante. Para Kaufman o museu proporciona um testemunho e uma herança do que foi um dos acontecimentos mais tristes do século XX.
Para o museólogo e curador do Museu do Holocausto na cidade do Porto, Hugo Vaz, espera-se que pelo menos 10 mil alunos visitem o local todos os anos.
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Papel social
O Museu do Holocausto da cidade do Porto pretende investir em ensino e também atuar na formação profissional de educadores. Além disso, irá promover exposições e encorajar e apoiar a investigação sobre o assunto. O museu do Holocausto do Porto também é uma grande oportunidade de que seja promovida a preservação da memória do Holocausto.
De relembrar que no ano de 2013, a Comunidade Judaica do Porto compartilhou com o Museu do Holocausto de Washington todos os arquivos relacionados aos refugiados que passaram pelo Porto. Entretanto, com a inauguração do museu os arquivos podem regressar para Portugal e serem expostos no museu.
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