Morar fora: pare de se achar tão importante. Ao mudar de país precisamos aceitar que somos substituíveis e que as pessoas irão nos esquecer.
*Texto atualizado em 13 de julho de 2022.
Começo o texto com uma notícia bem desagradável para você: você não é tão importante. E sabe o que me motiva a dizer isso? O fato de que eu me achava suuuuuuper importante, até que eu vim morar fora e vi que a gente pode ter todas as razões para não ir morar fora, mas pensar que é importante não pode, de maneira alguma, ser uma dessas razões.
Todo mundo é substituível
Provavelmente você já deve ter ouvido, e até dito, isso. Talvez do outro modo, o famoso “ninguém é insubstituível”. Pois é, podemos ter todas os motivos do mundo para ficarmos postergando o nosso sonho de morar fora, mas se eu puder ajudar lhe digo: retire o fator “sou importante” da lista.
Ninguém é tão importante
Ora, pensemos nos Presidentes dos Estados Unidos por exemplo. Nos últimos 30 anos, quantos já ocuparam o cargo de “homem mais importante do mundo”? Pois é, e sabe o que aconteceu quando o “homem mais importante do mundo” deixou de ser o “homem mais importante do mundo”? NADA. Absolutamente nada.
Simplesmente acharam outro para ocupar o lugar de “homem mais importante do mundo” e segue o baile. E você vai continuar achando que é importante demais para largar tudo e ir morar fora? Sério mesmo?
Morar fora: excesso de ontem, excesso de hoje e excesso de amanhã.
Tudo se ajeita, inclusive as pessoas
Claro que você cumpre alguns papéis sociais que são só seus. Porém, até os seus pais vão encontrar uma maneira de lhe substituir. Ou você acha que quando sair de casa e ir morar em outro lugar, seus pais deixarão de se relacionar com outras pessoas e, por vezes, não tratarão alguém próximo quase como filho?
Sim, isso aconteceu comigo e pode acontecer com você e com qualquer um de nós. É normal. Lembra daquele seu namoro onde as juras de amor davam a impressão de que vocês jamais viveriam um sem o outro? Pois é, quando ele acabou vocês seguiram suas vidas e hoje sobraram as lembranças e as vezes nem isso.
É difícil aceitar
Sim, é muito difícil aceitar que nós não somos tão importantes. Entretanto, é a mais pura verdade. Conheço muita gente que diz que até queria morar fora, mas tem que cuidar de não sei quem, que tem que tocar a empresa, que tem compromissos, que isso e que aquilo.
Na real, se acham importantes e ainda não chegaram na fase de descobrir, e aceitar, que não são tão importantes assim.
E não são, NÃO SÃO. Porém, para evitar o duro enfrentamento da realidade, ficam se colocando títulos. “Ah, mas eu sou filho”, “mas eu sou empresário”, “sou professor”, “sou gerente”, “sou dono”, “sou neto” e etc. Na real, todos nós somos alguma coisa até deixarmos de ser, pois quando apertarmos o reset da vida é que vemos que a nossa importância era super valorizada por nós mesmos.
Leia também: Morar fora: a pior das cirurgias.
Antes tarde do que nunca
Vai chegar a sua hora e você, cedo ou tarde, vai perceber que se achava mais importante do que era. É normal super valorizarmos o que fazemos, afinal de contas, quem se dedica mais do que você? Quem estuda mais do que você? Quem trabalha mais do que você? Quem é melhor filho que você? Quem é melhor empresário do que você? Quem é melhor professor do que você?
Morar fora é aprender a ver as coisas de um outro jeito
Então você que é super, hiper, mega importante resolve passar um tempo fora. No primeiro ano muita gente continua a bajulação e passa a impressão de que você é realmente importante.
No segundo as coisas começam a acalmar e tudo já roda muito bem sem você. A partir do terceiro ano, se você nunca mais voltar, tudo vai continuar andando e poucos lembrarão de como era com você.
Pois é, o famoso “dê tempo ao tempo” sempre funciona. O tempo vai ensinar que você não era tão importante assim para ter a vida engessada e não poder ir morar fora. O tempo vai espancar sua soberba, vai colocar sua arrogância num saco e amarrar a boca.
Morando fora você vai perceber que a sua importância é relativa e que até o país mais rico do mundo pode trocar de comandante que tudo continua andando.
Morar fora: entre falar e fazer, quanta coisa precisa acontecer?
Vá morar fora e se dê menos importância
A melhor parte de morar fora é poder ampliar os horizontes, de mudar as perspectivas e se colocar no seu lugar. Você sai da posição de pessoa importante e vira mais um imigrante, mais um estranho de crocs e meia indo ao supermercado.
A resiliência é disciplina obrigatória na faculdade de morar fora, assim como a humildade é pré-requisito na maioria das outras cadeiras.
Vá morar fora para se dar menos importância, vá morar fora para aprender a recomeçar, vá para enfrentar os seus medos, para crescer e saber que você pode tudo. More fora por um tempo e se prepare para nunca mais ser a mesma pessoa. A gente se muda, mas principalmente muda e passa a ser mais gente. Pode acreditar!
Leia outro texto de Cláudio Abdo: Morar fora: quando a brincadeira pode não acabar bem.
Ouça também o nosso Podcast Partiu Morar Fora:
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